Voltemos 30 dias no tempo. O Presidente sem mandato do Fluminense - Celso Barros, da patrocinadora - dizia que Deco no Fluminense era questão de tempo, que não pouparia esforços pelo meia.
(Epílogo) Passa-se o tempo e a CBF atropela o clube tricolor, realizando reunião às escondidas com o treinador para levá-lo à seleção. Muricy mantém-se digno e responde à CBF que precisa da liberação do Fluminense. Se Muricy achava que o Fluminense tinha tido ciência pela CBF que a reunião aconteceria, nunca saberemos.
Mas o que conta é que a diretoria do Flu (e o patrocinador, sabe-se lá porque..) convocou a imprensa para, muito indignada, comunicar que não abriria mão de Muricy Ramalho. Que o treinador iria honrar o contrato e que a CBF não comunicou o clube da negociação. Bonita postura. Até a página dois.
No caso de Deco, a Diretoria do clube (e o patrocinador) estão bancando a vinda dele há um mês. E, adivinhem? Trataram direto e apenas com o jogador e seu empresário, para que estes tivessem o trabalho sujo de barganhar a quebra do contrato sem a multa rescisória. Falar primeiro com o jogador está perfeito, afinal, é necessário que se saiba se ele quer voltar para o Brasil, jogar no Rio, jogar no Fluminense, etc.
Mas, a partir do sim do jogador, a boa conduta manda tratar direto com o clube, ou até com os dois em conjunto, para que o clube veja que a transferência é do agrado do atleta. E o que o Flu fez? Jogou pra plateia, disse que estava apalavrado com o jogador. Até Drogba apareceu na história e a Diretoria fanfarrona entrou na brincadeira oferecendo um lugar no clube para o marfinense!
Em suma, o ridículo que a CBF passou há uma semana pode ser repetido no clube antes paladino da ética. A lei de talião nunca pareceu tão atual quanto agora! Sim, o Flu ainda pode fechar com Deco, mas o meio utilizado é lamentável e a Diretoria expôs o clube para uma chacota internacional!
Não é só jogador preso que deveria pagar pelos danos à imagem do clube.
quinta-feira, 29 de julho de 2010
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